Olá Pessoal.
No livro "IPv6 - O Novo Protocolo da Internet" explico ao leitor que a transição completa até chegarmos à Internet puramente IPv6 não acontecerá da noite para o dia e será um processo moroso em virtude da ampla disseminação do IPv4. Apesar de o IPv6 ser a evolução natural da Internet e mesmo as pessoas tendo noção da importância em adotá-lo para viabilizar o crescimento da Internet, é inegável que o grau de penetrabilidade do IPv4 no mercado acaba criando uma zona de conforto que, aliada à escassez de profissionais preparados para lidar com o IPv6 e ao custo de investimento na aquisição de novos equipamentos, implicam nessa morosidade no processo de transição.
Até que essa transição seja concretizada, o que pode levar alguns anos, provavelmente mais que uma década, teremos duas "ilhas" da Internet operando em paralelo, uma baseada em IPv4 e outra em IPv6. Para que o usuário não seja prejudicado em relação à sua percepção do conteúdo existente na Internet, será crucial a adoção de mecanismos de transição que viabilizem a comunicação entre essas duas ilhas, o que não é uma tarefa simples, porque, ao contrário do que muitos pensam, ambos os protocolos não são diretamente compatíveis entre si.
Às técnicas que viabilizam a interoperabilidade entre as "ilhas" IPv4 e IPv6 e que, portanto, mantêm a Internet como sendo uma só para os usuários, apesar da complexidade da coexistência entre os dois protocolos, damos o nome de mecanismos de transição. Existe uma grande diversidade de mecanismos para tornar possível a interoperabilidade IPv4-IPv6, no entanto, de maneira geral, todos eles podem ser classificados em três categorias: (1) pilha-dupla, (2) tunelamento e (3) tradução.
Às técnicas que viabilizam a interoperabilidade entre as "ilhas" IPv4 e IPv6 e que, portanto, mantêm a Internet como sendo uma só para os usuários, apesar da complexidade da coexistência entre os dois protocolos, damos o nome de mecanismos de transição. Existe uma grande diversidade de mecanismos para tornar possível a interoperabilidade IPv4-IPv6, no entanto, de maneira geral, todos eles podem ser classificados em três categorias: (1) pilha-dupla, (2) tunelamento e (3) tradução.
Os curiosos que ainda não têm conexão IPv6 nativa disponibilizada pelos seus provedores, podem optar pelos serviços gratuitos de Tunnel Broker oferecidos por empresas provedoras de conectividade. Os dois principais serviços de tunnel broker são da Hurricane Electric e da SixXS. O único que possui ponto de presença (PoP) no Brasil é o SixXS, oferecido de maneira colaborativa por um conjunto de empresas e que tem ampla presença em todo o mundo. O PoP da SixXS no Brasil é responsabilidade da CTBC, uma empresa do grupo Algar Telecom, localizada em Uberlândia (MG). Esse PoP provê túneis com prefixos /64, que são gerados a partir do prefixo 2001:1291:200::/48 .
Essa discussão é aprofundada com grande nível de detalhamento no livro, inclusive com exemplos de configuração. O fato de existir essa diversidade de técnicas possíveis para auxiliar no processo de transição torna difícil para os profissionais da área a tarefa de optar por uma ou outra, até mesmo porque cada ambiente possui suas particularidades. Para finalizar, aproveito a oportunidade para compartilhar mais uma série de vídeos produzida pelo NIC.br que discorre sobre esse assunto. Por enquanto está disponível apenas a primeira parte, por isso estarei incorporando as demais partes nesse post à medida que forem disponibilizadas.
Acompanhem...
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